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Ora, meu caro colega, que bom te ver por aqui! Sente-se, vamos conversar sobre esse assunto que está borbulhando nos corredores da educação em São Paulo. Vi essa notícia sobre a tal “Sala do Futuro” e, olha, me fez pensar bastante. É o tipo de coisa que, à primeira vista, brilha os olhos, mas a gente, com a experiência, já sabe que tem mais camadas por baixo.

Sala do Futuro do governo de São Paulo o que precisamos saber

Você viu que o governo de São Paulo lançou essa novidade, a “Sala do Futuro”, né? A ideia é bem ambiciosa: tirar do palco aquele sistema antigo, o “Sede”, e colocar no lugar uma plataforma digital grandona, que junte todo mundo: alunos, professores e os responsáveis. Pense nisso como uma grande casa digital da escola, onde antes você tinha que bater na porta de cada cômodo (a secretaria para um papel, a sala dos professores para outro), e agora tudo estaria ali, no mesmo lugar, acessível pelo computador ou pelo celular.

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Promessa Digital e Desafios Reais

A proposta, na teoria, é linda. Imagina só: professor com diário de classe digital, lançando frequência e notas rapidinho; aluno vendo o boletim na hora, a agenda de tarefas, e até fazendo provas online; e os pais acompanhando tudo de perto, sem ter que esperar a reunião de fim de bimestre. Parece que vai deixar a vida de todo mundo mais fácil, mais transparente, e dar um empurrão na tal da “modernização” que tanto falam. É como trocar uma agenda de papel antiga por um superaplicativo que lembra de tudo e organiza a vida.

Mas aí, meu amigo, a gente esbarra nas curvas da estrada, não é? Duas coisas me chamaram muito a atenção na notícia, e são pontos que precisam ser olhados com uma lupa bem grande.

Sala do futuro esta realmente pronta?

Primeiro, a questão da segurança e do uso que a gente faz da tecnologia. A notícia já fala de alunos encontrando jeitos, usando uns “códigos” espertos, para dar uma “turbinada” nas tarefas ou burlar o sistema. Vê só, a tecnologia chega, e a inventividade (às vezes, mal direcionada) aparece junto. Isso não é só uma falha técnica a ser corrigida. É um espinho que aponta para a necessidade urgente de falarmos sobre ética digital. Não basta dar a ferramenta; a gente precisa ensinar a usar com responsabilidade, a entender o impacto de enganar um sistema. É um desafio que vai além do código e entra na formação cidadã. Como educadores, nosso papel cresce aqui.

Sala do futuro não é para todos?

O segundo ponto, e pra mim o mais crítico, é o que eu chamo de “o buraco da desigualdade”. Uma plataforma digital, por mais incrível que seja, só funciona se todos tiverem como chegar nela, concorda? A notícia toca nisso: a falta de internet de qualidade e de equipamentos adequados para todos os alunos e professores. É como construir aquela supercasa digital no topo de uma montanha íngreme, sem estrada para todo mundo. Quem tem um carro potente (internet e dispositivo bons) chega fácil. Quem não tem, ou nem carro possui, fica lá embaixo, olhando de longe, e a distância só aumenta.

Essa desigualdade de acesso não é um detalhe, é a fundação de qualquer iniciativa digital na educação pública. Se a “Sala do Futuro” depende da conexão, e muitos não têm essa conexão garantida, essa modernização, em vez de incluir, pode acabar excluindo ainda mais gente. A tecnologia é uma ferramenta poderosa, sim, mas ela amplifica a realidade existente. Se a realidade é desigual no acesso, a ferramenta, por si só, vai amplificar essa desigualdade. É um risco enorme que a gente corre.

O que a Sala do futuro pode trazer

Então, a “Sala do Futuro” é uma promessa de um salto para frente, sem dúvida. Mas para que esse salto seja justo e eficaz, é absolutamente essencial que o planejamento inclua, de forma prioritária e concreta, como levar a “estrada” (acesso à internet e equipamentos) para todos os que hoje estão isolados. A verdadeira sala do futuro é aquela onde ninguém fica de fora por falta de conexão.

FAQ

Essa plataforma substitui tudo o que tínhamos antes?

Sim, a ideia principal é que ela venha para tomar o lugar do sistema “Sede”, centralizando a maior parte das ferramentas e informações que antes estavam espalhadas ou em formatos diferentes. É para ser o novo coração digital da escola, pelo menos na parte administrativa e de comunicação.

Quais são os maiores riscos na prática?

Olha, os dois que a notícia destaca são os mais urgentes. Um é a segurança: como garantir que o sistema seja robusto e que o uso de “scripts” e outras formas de burlar seja inibido e coibido. Mas, o mais grave mesmo é a exclusão. Implementar algo que exige conexão sem garantir que todos a tenham é o risco de criar um sistema de ensino de duas velocidades, onde quem tem acesso navega e quem não tem fica à margem.

Como os professores estão recebendo essa novidade?

É natural que haja uma mistura de expectativas. Por um lado, a promessa de simplificação do trabalho (diário digital, por exemplo) é bem-vinda. Por outro, há preocupações com a adaptação a um novo sistema, a necessidade de treinamento e, claro, a própria questão do acesso e equipamento. Muitos professores também enfrentam os mesmos desafios de conectividade que os alunos.

Essa história de geolocalização para professores, como funciona?

A notícia menciona que é “opcional” para entender a rotina docente. Isso pode levantar algumas sobrancelhas. A intenção declarada seria talvez para ter dados sobre deslocamento ou presença, mas é um recurso que, se não for muito bem explicado, justificado e realmente opcional e para fins benéficos claros (e não controle excessivo), pode gerar desconforto e preocupações com a privacidade. É um ponto que precisa de muita clareza na comunicação e implementação.

No fim das contas, a "Sala do Futuro" é boa ou ruim para a educação?

Nem uma coisa, nem outra, por si só. A tecnologia é neutra; o que define seu valor é como ela é planejada e usada. A “Sala do Futuro” tem um potencial enorme para integrar, otimizar e dar mais transparência. O problema não é a plataforma em si, mas o contexto em que ela está sendo implementada. Se os desafios de segurança forem levados a sério e, crucialmente, se a questão do acesso universal for resolvida antes ou em paralelo, pode ser um passo excelente. Se não, a promessa digital pode se tornar apenas um espelho que reflete e amplifica as desigualdades que já temos. O sucesso dela depende muito mais de política pública de inclusão digital do que da tecnologia do sistema em si.

Uma Dica Importante do Ibuma

Adoramos compartilhar conhecimento e descomplicar os assuntos para você! As informações que trazemos aqui são para fins educativos e informativos, baseadas em nossa pesquisa em fontes públicas no momento da publicação. No entanto, especialmente quando se trata de programas, regras, prazos ou dados que podem mudar, nossa recomendação é: sempre confira os detalhes e as últimas atualizações diretamente nos sites e comunicados oficiais das instituições responsáveis, combinado? Assim você toma suas decisões com total segurança! notícia de Jornal da Fronteira 

Graduação em Licenciatura Plena em Pedagogia e História, e Pós Graduação em Educação Especial e Inclusiva. Especialista em Educação Básica, SEE MG. Entre em contato comigo pelo email andressa.ac17@gmail.com ou pelo @andressacarvalh0, ou por por qualquer endereço do Ibuma.

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