A República da Espada os Primeiros Passos da República no Brasil
A República da Espada foi o início da aventura republicana no Brasil, um período marcado por instabilidades e desafios. Após a Proclamação da República, em 1889, o Brasil começava a se afastar da monarquia e a entrar em um novo modelo político liderado pelos militares. Mas será que estávamos prontos para isso? O que a história nos mostra? Hoje temos o distanciamento para tentar entender.
Impactos da Abolição e Questões Sociais


A República chegou logo após a Abolição da Escravatura, em 1888, e os desafios não eram poucos. Os negros libertos, embora livres, foram deixados à própria sorte. Sem políticas públicas que garantissem acesso a terras ou empregos formais, muitos acabaram marginalizados, perpetuando desigualdades que ainda ecoam hoje. Enquanto isso, o campo brasileiro seguia dominado pelas elites agrárias, que não viam interesse em incluir os ex escravizados em um sistema econômico formal. Essa exclusão social foi uma das marcas profundas desse início de República. A transição era política, mas as estruturas sociais ainda eram muito próximas às do Brasil monárquico. Mudou o regime politico, porém para a população continuou na mesma, gerando revoltas e guerras civis.
Instabilidade Política e Econômica
A Proclamação da República não foi um consenso. Houve divergências entre os militares, que idealizavam um governo forte, e as elites civis, que buscavam maior descentralização do poder. Para piorar, a economia do Brasil, dependente da exportação de café, enfrentava dificuldades com a queda nos preços internacionais.
O famoso Encilhamento (período de crise financeira, resultando em inflação descontrolada, crise no mercado financeiro e desvalorização da moeda), conduzido por Rui Barbosa, buscava modernizar o país, incentivando a industrialização e oferecendo crédito fácil. No entanto, a medida foi desastrosa: a especulação financeira tomou conta, que abalou a confiança no novo regime.
O Papel dos Militares

Os dois primeiros presidentes do Brasil vieram do Exército: Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. Ambos enfrentaram tempos difíceis. Deodoro, primeiro presidente, renunciou após dissolver o Congresso, incapaz de lidar com a oposição e as crises econômicas. Já Floriano, conhecido como o “Marechal de Ferro”, tomou medidas enérgicas para consolidar a República, enfrentando revoltas como a Revolta da Armada, que desafiava o poder militar.
Esses dois governos foram essenciais para estabilizar, ainda que de forma autoritária, a jovem República. Floriano, em particular, ganhou apoio popular pela postura firme, mesmo que controversa. Veja mais sobre a República velha
Cenário Geral da República da Espada
A República da Espada foi, acima de tudo, um período de transição. O Brasil buscava se adaptar a um modelo republicano enquanto ainda carregava as marcas da monarquia e da escravidão. As tensões sociais, a instabilidade política e os desafios econômicos deram o tom desse início turbulento.
Mesmo com os tropeços, a República da Espada abriu caminho para o domínio civil que veio com a República Oligárquica. Foi uma fase crucial para moldar o Brasil republicano que conhecemos hoje. E assim devemos continuar sempre olhando nossa história, analisando os erros e acertos, buscando melhorar sempre.
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Graduação em licenciatura plena em Pedagogia e História, e pós graduação em Educação Especial e Inclusiva. Entre em contato comigo pelo email andressa.ac17@gmail.com ou pelo @andressacarvalh0, ou por por qualquer endereço do Ibuma.