Cuneiforme: A Escrita que Nasceu de Cunhas e Argila 

Imagine viver num mundo sem papel, caneta ou celular… E ainda assim precisar anotar tudo: desde “quantos sacos de trigo vendi” até “como fazer uma prece aos deuses”. Foi assim que, lá por 3.100 a.C., os sumérios da Mesopotâmia inventaram a escrita cuneiforme — o “WhatsApp da antiguidade”!

Por que “cuneiforme”?
O nome vem do latim cuneus (cunha), porque os caracteres parecem mini triângulos ou marcas de faca. Como faziam isso? Simples:

1. Pegavam uma tabuinha de argila molhada.

2. Usavam um gravetinho com ponta em V.

3. Apertava a ponta na argila, criando símbolos em forma de cunha.

4. Secavam ao sol ou no forno — e pronto: registro à prova de água (e de séculos)!

De desenhos à complexidade
No começo, era só “risco o que vejo”:  (trigo),  (ovelha), etc. Mas com o tempo, os desenhos viraram símbolos abstratos que podiam representar sons, ideias ou até emoções. Virou um sistema com centenas de sinais — tipo um emoji antigo, mas com regras complexas!

Para que servia?

• Controle de estoque: “Anotar que vendi 50 potes de óleo”.

• Leis: O famoso Código de Hamurábi (“olho por olho, dente por dente”) foi escrito em cuneiforme!

• Poesia, mitos e até receitas: Sim, existem tábuas com hinos para deuses e instruções para fazer cerveja! 

Uma escrita viajante
Os sumérios começaram, mas os babilônios, assírios e acádios pegaram emprestado e adaptaram. Por mais de 3.000 anos, o cuneiforme foi a “língua franca” do Oriente Médio — até ser substituído por alfabetos mais simples.

Por que ela importa hoje?
Graças a essa escrita, sabemos como as primeiras cidades funcionavam, como faziam negócios e até o que pensavam sobre o universo. Arqueólogos já decifraram tábuas que contam desde processos judiciais até histórias de amor trágicas.

E pensar que tudo começou com um graveto e um pouco de argila
Que tal experimentar? Pegue um lápis, faça marcas em forma de triângulo e tente escrever seu nome ou teste abaixo.