

André Rebouças foi um dos grandes intelectuais e abolicionistas do Brasil no século XIX. Nascido em 1838, na Bahia, ele se destacou como engenheiro e defensor da modernização do país. Filho de um jurista negro e de uma mulher branca, cresceu em um ambiente de estudos e teve acesso à educação formal, algo raro para pessoas negras na época.
Rebouças formou-se engenheiro militar e trabalhou em diversas obras de infraestrutura no Brasil, como a construção de ferrovias e portos. No entanto, foi na luta pela abolição da escravidão que encontrou a sua missão. Ao lado de figuras como Joaquim Nabuco e José do Patrocínio, tornou-se um dos principais nomes do movimento abolicionista.
Diferente de muitos de seus contemporâneos, André Rebouças não defende apenas a libertação dos escravizados, mas também a inclusão social e econômica dessas pessoas. Ele acreditava que, sem terras e sem oportunidades, a liberdade seria apenas um conceito vazio. Por isso, foram propostas reformas agrárias e políticas de integração para os ex-escravizados, ideias que infelizmente não foram levadas adiante pelo governo.
Com a Proclamação da República, em 1889, Rebouças perdeu espaço político e viu o Brasil seguir um caminho diferente do que imaginava. Decepcionado, exilado na Europa e na África, vivendo os últimos anos de sua vida em pobreza e isolamento. Morreu em 1898, no Funchal, Portugal.
Seu legado, no entanto, segue vivo. André Rebouças foi mais do que um engenheiro ou um ativista; foi um visionário que exerceu a importância da justiça social e da inclusão. Seu nome continua sendo um símbolo da luta por um Brasil mais igualitário e desenvolvido.
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Graduação em licenciatura plena em Pedagogia e História, e pós graduação em Educação Especial e Inclusiva. Entre em contato comigo pelo email andressa.ac17@gmail.com ou pelo @andressacarvalh0, ou por por qualquer endereço do Ibuma.