São Malaquias previu o fim do mundo e o último Papa?
Uma profecia atribuída a São Malaquias (bispo irlandês do séc. XII) volta à tona em momentos de transição no Vaticano.
A profecia conteria uma lista de 112 lemas curtos em latim, cada um descrevendo um Papa, desde Celestino II (séc. XII) até o fim dos tempos.
A lista terminaria com "Petrus Romanus", que governaria em tempos de grande tribulação, culminando na destruição de Roma e no Juízo Final.
De acordo com a profecia, Francisco (o 266º Papa) seria o penúltimo da lista (o 111º lema). O lema associado, In Psecutione Extrema S.R.E. Sedebit, é interpretado por alguns como referência aos desafios atuais.
A profecia só foi publicada em 1595, no livro Lignum Vitae de Arnold de Wyon, mais de 400 anos após a morte de São Malaquias.
Os lemas referentes aos Papas antes de 1595 parecem ter correspondências muito claras (origem, brasão, nome de família).
Já os lemas para os Papas depois de 1595 são muito mais genéricos, arbitrários e difíceis de conectar de forma clara.
São Bernardo de Claraval, amigo e biógrafo de São Malaquias, escreveu sobre sua vida e feitos, mas nunca mencionou essa profecia.
Historiadores chamam isso de vaticinium ex eventu: uma "profecia" escrita depois que os eventos já ocorreram, parecendo prever o passado.
A teoria mais aceita: a lista foi forjada no final do século XVI para influenciar a eleição papal da época, favorecendo um candidato específico.
A autenticidade da profecia é amplamente questionada. A Igreja Católica não a reconhece oficialmente como válida.
Apesar das controvérsias, a "Profecia dos Papas" continua a fascinar. Uma interessante peça da história, mas não uma previsão do futuro.