Democracia: Ela é Realmente o Que Pensamos? Desvendando Conceitos e Desafios Atuais
Você já parou pra pensar se o seu voto, de fato, transforma algo? Ou se a tal “voz do povo” é só um discurso bonito em tempos de crise? A democracia é um termo que todos usam, mas poucos mergulham em seu verdadeiro significado — e nos buracos que ela enfrenta hoje. Mais do que “governo do povo”, a democracia é um sistema vivo (e às vezes capenga), que depende de liberdade, participação real e igualdade. Surgiu na Grécia Antiga, onde cidadãos (homens, livres e adultos) debatiam em praça pública. Mas e hoje? Vivemos uma versão 2.0, cheia de likes, fake news e polarização.
Veremos um pouco sobre Democracia aqui.
O que é democracia de verdade (e por que ela não se resume a eleições).
Seu DNA em transformação: da Atenas clássica às democracias digitais.
O caso do Brasil: De colônia a República, como nosso sistema político virou um cabo de guerra?
Os desafios do século XXI: Por que a democracia tá na UTI? Corrupção, algoritmos, autoritarismos disfarçados…
E aí, o mundo atual é democrático?
A resposta não é simples. Enquanto alguns países garantem direitos básicos, outros usam o rótulo de “democracia” para esconder censura e desigualdade. E mesmo nas nações livres, será que o povo manda, ou só escolhe entre opções pré-selecionadas? Se você quer entender como a democracia funciona (ou deveria funcionar) e por que ela precisa de um “upgrade” urgente, continue lendo. Vamos desvendar juntos se o sistema que defendemos ainda é a melhor opção — ou se estamos presos em uma ilusão coletiva.

Democracia: Do Povo, Para o Povo. Mas Nem Sempre Para Todos
Você já imaginou votar em praça pública para decidir as leis do seu país? Pois essa era a rotina em Atenas, no século V a.C., onde a democracia nasceu. Mas calma: nem tudo era perfeito. Quer entender o que é democracia de verdade e por que ela ainda é um desafio? Vamos lá!
A democracia é um sistema em que o poder vem do povo, mas isso não significa que todo mundo governa ao mesmo tempo. Funciona de duas formas:
- Diretamente: O povo vota em leis e decisões (como em referendos).
- Indiretamente: Escolhemos representantes (presidentes, deputados) para governar por nós.
Para ser democrático, um país precisa garantir:
Soberania popular: O governo deve seguir a vontade da maioria (sem ignorar as minorias!).
Liberdade de expressão: Pode criticar o presidente no Twitter? Se sim, é um bom sinal.
Eleições limpas: Nada de fraudes ou candidatos “escolhidos a dedo”.
Poderes divididos: Legislativo, Executivo e Judiciário precisam se fiscalizar.
Leis para todos: Rico, pobre, famoso ou anônimo — ninguém está acima da lei.
Mas atenção: Muitos países se auto intitulam “democracias” enquanto censuram a imprensa ou manipulam eleições. Por isso, democracia não é só título: é prática.
Democracia vs. Outros Regimes: O Jogo dos Tronos Político
- Ditadura: Um só manda e ninguém questiona, não deve questionar pelos menos.
- Monarquia Absolutista: O rei e a divindade se misturam.
- Oligarquia: Uns poucos ricos controlam tudo(na verdade a democracia disfarçada).
- Teocracia: As leis são ditadas pela religião.
Democracia? É o único sistema que (pelo menos na teoria) coloca você no comando.
Atenas: O Berço (Excludente) da Democracia
Na Grécia Antiga, os cidadãos atenienses (homens livres, adultos e nascidos em Atenas) se reuniam na Ágora para votar leis e declarar guerras. Inovador? Sim! Justo? Nem tanto:
- Mulheres? Proibidas de participar.
- Escravos? Nem sonhando.
- Estrangeiros? Nada de direitos políticos.
Era uma democracia restrita, mas foi o pontapé para o que temos hoje.
Democracia Moderna: Evolução ou Ilusão?
Hoje, quase todo país se diz democrático, mas os desafios são enormes:
- Fake news: Mentiras que viralizam e manipulam eleições.
- Desigualdade: Quem tem dinheiro influencia mais as leis.
- Polarização: Brigas de “time” que impedem diálogo.
E o Brasil? De colônia portuguesa a República, nossa democracia já foi interrompida por golpes e ditaduras. Hoje, vivemos uma democracia frágil, onde a confiança nas instituições é baixa.
Por Que a Democracia Importa?
Porque, mesmo imperfeita, ela permite que você reclame, vote e exija mudanças. Em ditaduras, isso pode custar sua vida.
E aí, vivemos em uma democracia real?
Depende: seu voto muda algo? Sua voz é ouvida? Se a resposta for “mais ou menos”, talvez a democracia precise de você para se reinventar.
Democracia: Quando o Povo (Tenta) Governar
Você já parou para pensar que, há mais de 2.500 anos, um grupo de homens em Atenas se reunia ao ar livre para decidir o futuro de sua cidade? Era a primeira democracia da história — imperfeita, excludente, mas revolucionária. Hoje, o termo é usado até por regimes duvidosos. Então, o que realmente define uma democracia?
O Que É Democracia?
Democracia é um sistema em que o poder emana do povo, mas não se resume a votar a cada quatro anos. É um pacto social baseado em:
Participação: Direta (como plebiscitos) ou indireta (por representantes eleitos).
Direitos garantidos: Liberdade de expressão, acesso à justiça, igualdade perante a lei.
Responsabilidade: Governantes prestam contas à população.
Imagine uma roda gigante: se só alguns estão no topo, é ditadura. Se todos têm vez, mesmo que em cadeiras diferentes, é democracia.
Características Que Definem Uma Democracia Autêntica
Soberania popular:
O povo é o “chefe” do governo. Exemplo: Na Islândia, em 2010, cidadãos redigiram uma nova Constituição via crowdsourcing.Eleições livres e periódicas:
Sem fraudes ou candidatos “fabricados”. O Brasil, em 1989, teve sua primeira eleição direta para presidente após a ditadura.Liberdade de expressão:
Pode xingar o prefeito no WhatsApp? Em democracias sólidas, sim. Na Turquia, isso pode levar à prisão.Poderes independentes:
Legislativo cria leis, Executivo governa, Judiciário julga. Quando um tenta engolir o outro, vira bagunça (ou autocracia).Igualdade real:
Leis valem para o rico e para o pobre. Na prática, sabemos que é um desafio — mas o ideal existe.
Porém, nem tudo são flores:
A democracia pode falhar quando o voto é manipulado por fake news, quando lobbies corporativos compram políticos, ou quando a população desiste de participar (“Ah, meu voto não muda nada”).
Democracia vs. Outros Regimes: Quem Manda no Pedaço?
Ditadura:
Um líder ou partido controla tudo. Exemplo: Na Coreia do Norte, Kim Jong-un é tratado como deus — e discordar é crime.Monarquia Absolutista:
O rei manda e desmanda. Exemplo: Luís XIV, da França, famoso por dizer “O Estado sou eu”.Oligarquia:
Uns poucos ricos ou militares ditam as regras. Exemplo: Em Esparta, apenas 5% da população (os espartanos) tinham poder.Teocracia:
As leis são cópias de textos sagrados. Exemplo: No Irã, o líder supremo é um aiatolá, e protestos por direitos das mulheres são reprimidos.
Democracia? É o único sistema que, mesmo com defeitos, permite que um gari e um bilionário tenham (em tese) o mesmo peso na urna.
Atenas: O Laboratório (Excludente) da Democracia
No século V a.C., Clístenes criou em Atenas um sistema onde:
Cidadãos (homens livres, adultos e atenienses) se reuniam na Ekklesia para votar guerras e impostos.
Cargos públicos eram sorteados — sim, sorteavam quem governaria! — para evitar que elites monopolizassem o poder.
Debates eram regra: discutia-se tudo, de orçamento a condenações à morte.
Mulheres? Ficavam em casa. A filósofa Hipátia, séculos depois, ainda seria assassinada por ousar pensar.
Escravos? Eram 1/3 da população — e não tinham direitos.
Estrangeiros? Pagavam impostos, mas não votavam.
Era uma democracia para poucos, mas plantou a semente do que viria.
Da Grécia ao Século XXI: Como a Democracia Virou Global
Século XVIII: Revoluções Francesa e Americana trouxeram ideais de “liberdade, igualdade, fraternidade” — mas escravidão persistiu nos EUA até 1865.
Século XX: Após duas guerras mundiais, a democracia virou modelo dominante, mas conviveu com ditaduras na América Latina, África e Ásia.
Século XXI: Redes sociais viraram armas: fake news distorcem eleções, mas mobilizações como a Primavera Árabe mostram o poder das ruas.
E o Brasil? De 1889 a 2024, nossa democracia foi interrompida por golpes (1964) e renascida em 1988 com a Constituição “Cidadã”. Ainda assim, é uma obra inacabada.
Por Que a Democracia Vale a Pena?
Porque ela é o único sistema que permite:
Mudar líderes sem sangue: Basta votar diferente.
Questionar tudo: Até o próprio sistema.
Corrigir rotas: Leis podem ser revogadas, políticas atualizadas.
Desafios atuais: Polarização, desinformação e desigualdade ameaçam o modelo. Mas, como dizia Churchill: “A democracia é a pior forma de governo, com exceção de todas as outras”.

Liberdade de Expressão: O Direito de Gritar (e de Ouvir)
Sem ela, a democracia vira um monólogo. É poder dizer “discordo” sem medo, criar memes políticos, ouvir música de protesto e até reclamar do prefeito no almoço de domingo.
Ela nos permite:
Chorar de raiva com as notícias e escrever um texto indignado no Facebook.
Ver jornalistas expondo escândalos, como a Lava Jato, mesmo sob ameaças.
Cantar “Cálice” do Chico Buarque e lembrar que, na ditadura, até metáforas eram perigosas.
Mas cuidado:
Liberdade não é licença para machucar. Discursos de ódio e fake news que incitam violência são como veneno — intoxicam a democracia. Na Alemanha, por exemplo, negar o Holocausto é crime. Equilíbrio é tudo.
História que emociona:
Em 1968, durante a ditadura no Brasil, Elis Regina cantou “O Bêbado e a Equilibrista” como código de resistência. Hoje, a luta é contra a desinformação que viraliza mais rápido que meme de gatinho.
Igualdade Perante a Lei: Quando Justiça Não É Só para Alguns
Democracia é saber que o juiz, o entregador de app e o dono de conglomerado são iguais na fila do SUS e na frente do juiz.
Ela nos garante:
Ver um ex-presidente sendo investigado (e torcer para que a lei funcione).
Um trabalhador rural processar uma empresa por desmatamento ilegal.
Casais LGBTQIA+ conseguirem registrar seus filhos, mesmo contra preconceitos.
Mas a realidade dói:
Nos EUA, Rosa Parks foi presa em 1955 por se recusar a ceder seu lugar no ônibus a um branco. Hoje, negros ainda são 40% da população carcerária lá — uma estatística que grita por mudança.
História que inspira:
Na África do Sul, Nelson Mandela passou 27 anos na prisão para derrubar o apartheid. Sua luta mostrou que leis injustas não merecem respeito, mas revolução.
Representatividade Política: Porque o Poder Precisa Ter Nossa Cara
Democracia é ver uma travesti no Congresso, uma mãe solo na prefeitura ou um indígena defendendo a Amazônia. É saber que nossa voz tem rosto.
Ela nos oferece:
Cotas raciais em universidades, garantindo que negros e indígenas ocupem espaços antes negados.
Marielle Franco, mulher negra e favelada, lutando por direitos humanos até seu último dia.
Joênia Wapichana, primeira deputada indígena do Brasil, combatendo o marco temporal nas terras indígenas.
Mas o caminho é longo:
No Brasil, mulheres são 52% do eleitorado, mas só 18% da Câmara dos Deputados. Enquanto isso, homens brancos de terno ainda dominam os holofotes.
História que ensina:
Em 1932, o Brasil deu o voto às mulheres… “mas só se o marido permitisse”. Só em 1945, elas puderam votar de verdade. Um passo enorme, mas ainda tropeçamos em machismo até hoje.
Participação Popular: Porque Democracia Não É Espectador
É protestar com cartaz, votar com consciência, assinar abaixo-assinado e até xingar o prefeito no Twitter. Democracia é ação, não só reação.
Ela nos convida a:
Acompanhar as votações no Congresso (sim, dá pra ver online!).
Participar de audiências públicas para defender uma praça no bairro.
Organizar vaquinhas para processar empresas que poluem rios.
Mas a omissão custa caro:
Na Índia, 300 milhões de pessoas não votaram nas últimas eleções. Quando a gente deixa de participar, o autoritarismo esfrega as mãos.
História que mobiliza:
Em 2013, milhões foram às ruas no Brasil contra o aumento das passagens. Deu certo? Parte sim: o aumento foi revogado. Mas também mostrou como a desorganização pode abrir portas para crises políticas.
Por Que Esses Pilares Tremem?
Porque democracia é como um quebra- cabeça: se uma peça some, a imagem fica incompleta.
Sem liberdade, viramos fantoches.
Sem igualdade, viramos números.
Sem representatividade, viramos espectadores.
Sem participação, viramos estatística.
E você, tá fazendo sua parte?
Já ensinou seu avô a checar fake news?
Apoiou uma campanha de um candidato periférico?
Discutiu política no almoço sem virar briga?
Democracia não é uma herança — é uma construção diária. E como dizia Alcione: “Não deixe o samba morrer, não deixe o samba acabar”.
Desafios da Democracia no Século XXI: Quando o Jogo da Política Vira um Campo Minado
A democracia moderna parece um celular de última geração: cheia de recursos, mas vulnerável a vírus, hackers e quedas de sinal. No século XXI, os desafios são tão complexos quanto um spoiler de série — e exigem atenção redobrada. Vamos decifrar os principais?
Fake News: A Pandemia Digital que Intoxica a Democracia
Imagine uma mentira que se espalha como GIF de gato fofinho. As fake news são assim: rápidas, viciantes e capazes de detonar eleições.
O que acontece:
Vídeos editados viralizam como “provas” falsas contra candidatos.
Bots (robôs digitais) disparam mensagens em massa para manipular tendências.
Grupos extremistas usam WhatsApp para semear ódio e teorias da conspiração.
E o pior:
Regulamentar isso sem censurar é como andar na corda bamba. Na Alemanha, multam redes sociais por não removerem discurso de ódio. No Brasil, o debate ainda patina entre liberdade e responsabilidade.
Exemplo que assusta:
Em 2018, “caixas de papelão do PT” cheias de dinheiro viraram notícia falsa no WhatsApp. Muitos acreditaram, e o impacto nas eleições foi tão real quanto a farsa.
Autoritarismo Moderno: Quando o Ditador Veste Terno e Sorri para as Câmeras
Não são mais tanques nas ruas, mas leis aprovadas no Congresso para calar críticos, controlar juízes e blindar corruptos. É o autoritarismo gourmet.
Como funciona:
Líderes eleitos atacam a imprensa, chamando-a de “inimiga”.
Usam o orçamento público para comprar apoio político.
Descredibilizam eleições com acusações de fraude sem provas (sim, estilo “Big Lie” de Trump).
Onde está o perigo?
Na Hungria, Viktor Orbán domina a mídia e as instituições, usando a democracia para matá-la por dentro. Na Venezuela, Nicolás Maduro mantém uma farsa eleitoral enquanto o povo passa fome.
Exemplo que alerta:
Na Turquia, Erdogan prende jornalistas e usa o atentado de 2016 como desculpa para perseguir opositores. Tudo “dentro da lei”, mas longe da justiça.
Redes Sociais: A Arena onde Democracia e Caos se Beijam
Elas podem ser um megafone para movimentos como Black Lives Matter ou um palco para discursos de ódio. As redes são uma faca de dois legumes.
O lado bom:
Mobilização rápida: Em 2020, #EleNão levou milhões às ruas no Brasil.
Denúncias em tempo real: Vídeos de abuso policial viralizam e geram mudanças.
O lado sombrio:
Algoritmos nos trancam em bolhas ideológicas. Se você é de esquerda, só vê posts de esquerda. Se é de direita, o feed vira um eco de ódio. O resultado? Sociedades rachadas, diálogo impossível.
Exemplo que divide:
Na Primavera Árabe, o Facebook ajudou a derrubar ditadores. Mas em Mianmar, a mesma rede foi usada para incitar o genocídio rohingya.
Descrença na Política: Quando o Povo Desiste de Jogar o Jogo
“Político é tudo igual”, “meu voto não muda nada”. Esse desânimo é o câncer da democracia.
Sintomas:
Abstenção recorde: Na França, 28% faltaram às urnas em 2022.
Votos brancos/nulos viram protesto mudo.
Jovens preferem memes a debates sérios.
Consequências:
Baixa participação abre espaço para extremistas. No Brasil, em 2022, 32% dos jovens entre 16-17 anos não tiraram título de eleitor.
Exemplo que entristece:
No Chile, em 2022, uma proposta de nova Constituição foi rejeitada por 62% — muitos nem leram o texto, mas votaram por descrença na classe política.
E Agora? Como Salvar a Democracia?
Não existe fórmula mágica, mas algumas pistas:
Educação política nas escolas: Ensinar a separar fato de fake news.
Transparência radical: Exigir que redes sociais mostrem quem paga por anúncios políticos.
Voto consciente: Pesquisar candidatos como se fosse um Tinder (sem match por foto!).
Pressão constante: Usar leis de iniciativa popular para frear abusos.
Democracia não é um esporte para espectadores. Se você está lendo isso, já é parte da solução. Que tal compartilhar esse texto e começar um debate no grupo da família? (Sim, mesmo que vire bagunça!).

Democracia Liberal vs. Social-Democracia vs. Neoliberalismo: Qual a Diferença?
Imagine três amigos planejando uma viagem:
Um quer liberdade total para gastar como quiser.
Outro prefere um roteiro com seguro saúde e hospedagem garantida.
O terceiro defende que cada um se vire sozinho, sem gastos coletivos.
Assim funcionam os três modelos políticos que vamos desvendar. Qual você escolheria?
Democracia Liberal: “Menos Estado, Mais Liberdade”
É o modelo clássico dos EUA e da Europa pós-Revolução Francesa. Prioriza direitos individuais, mas deixa a economia rolar solta, como um jogo de tabuleiro sem intervenção do banqueiro.
Como funciona:
Estado mínimo: O governo não mete o bedelho na economia.
Mercado livre: Empresas competem, preços são definidos pela oferta e demanda.
Direitos civis: Liberdade de expressão, propriedade privada e eleições limpas.
Exemplos reais:
EUA: Se você quiser saúde, pague um plano caríssimo. Se quiser abrir uma empresa, ninguém te impede.
Reino Unido: Até o NHS (sistema público de saúde) sofre cortes para privilegiar o mercado.
Pontos cegos:
Desigualdade social? “Problema seu.”
Corporações comprando políticos via lobby? “Faz parte do jogo.”
Social-Democracia: “Estado Protetor, Mas Sem Ser Pai Chato”
É o modelo dos países nórdicos. Aqui, o governo é como um parceiro que segura a rede enquanto você balança: garante saúde, educação e aposentadoria, mas cobra impostos altos por isso.
Como funciona:
Estado provedor: Educação pública de qualidade, saúde universal, transporte acessível.
Mercado regulado: Empresas podem lucrar, mas pagam impostos pesados e respeitam direitos trabalhistas.
Igualdade social: Quem ganha mais paga mais impostos para financiar políticas públicas.
Exemplos reais:
Suécia: Lá, até CEO de multinacional usa transporte público e defende impostos altos.
Alemanha: Empresas fortes, mas funcionários têm 30 dias de férias e licença-maternidade de até 14 meses.
Pontos cegos:
Impostos altos assustam investidores? “É o preço da igualdade.”
Burocracia pode atrasar projetos? “Paciência, é pelo bem comum.”
Neoliberalismo: “Deixa o Mercado Resolver Tudo”
É o modelo que virou moda nos anos 1980. O Estado é visto como inimigo do progresso, e a solução para tudo é privatizar, cortar gastos e deixar o mercado regular a sociedade.
Como funciona:
Estado mínimo radical: Saúde, educação e até água podem virar negócios privados.
Privatizações: Estatais são vendidas, e serviços públicos viram commodities.
Flexibilização trabalhista: Menos direitos, mais “empreendedorismo”.
Exemplos reais:
Chile (anos 80): Pinochet aplicou receitas neoliberais com mão de ferro. Resultado? Crescimento econômico, mas desigualdade recorde.
EUA (era Reagan): Cortes de impostos para ricos e desmonte de programas sociais.
Pontos cegos:
Serviços essenciais viram luxo? “Azar o seu.”
Trabalhador sem direitos? “Se vira, você é seu próprio chefe.”
Comparação Rápida: Qual Modelo Faz o Que?
Característica | Democracia Liberal | Social-Democracia | Neoliberalismo |
---|---|---|---|
Papel do Estado | Fiscal, não interfere | Provedor de serviços | Quase inexistente |
Economia | Livre mercado | Regulada e social | Livre e selvagem |
Impostos | Moderados | Altos | Baixíssimos |
Saúde/Educação | Privada (quem pode) | Pública e universal | Privatizada |
Desigualdade | Alta | Baixa | Altíssima |
E o Brasil? Qual Modelo Seguimos?
Somos um mix confuso:
Constituição de 1988 tem DNA social-democrata (saúde e educação como direitos).
Reformas recentes puxam para o neoliberalismo (teto de gastos, privatizações).
Práticas políticas às vezes lembram a democracia liberal (mas com lobby pesado de empresas).
Ou seja: um Frankenstein político, sem rumo claro.
Perguntas que Não Querem Calar:
Social-democracia é comunismo? Não! Comunismo quer abolir o mercado; a social-democracia o regula.
Neoliberalismo é ditadura? Não necessariamente, mas muitas ditaduras usaram receitas neoliberais (como o Chile de Pinochet).
Democracia liberal é egoísta? Depende: ela prioriza liberdade, mas pode negligenciar quem fica pra trás.
Qual é o melhor modelo?
Depende do que você valoriza:
Se quer liberdade absoluta, escolha a Democracia Liberal.
Se prefere proteção social, vá de Social-Democracia.
Se acredita que o mercado resolve tudo, o Neoliberalismo é seu caminho.
Mas lembre-se: nenhum modelo é perfeito. A democracia ideal talvez seja uma mistura — desde que o povo não saia perdendo.
O Futuro da Democracia — Um Compromisso de Todos Nós
A democracia é como uma árvore: precisa de raízes fortes, mas também de podas e cuidados constantes para crescer. Desde os debates na Ágora de Atenas até os tuítes que viralizam em segundos, ela se transformou, sobreviveu a crises e ainda é o melhor sistema que inventamos para garantir liberdade, justiça e participação.
Mas o futuro da democracia não está escrito. Ele depende de nós — de como lidamos com os desafios do século XXI e de que lado estamos quando a liberdade é ameaçada.
O Que Aprendemos?
Democracia é participação:
Não adianta reclamar no sofá se você não vota, não fiscaliza e não debate. Ela só funciona quando o povo se move.Modelos variam, mas o objetivo é o mesmo:
Seja a democracia liberal dos EUA, a social-democracia da Suécia ou o neoliberalismo do Chile, todos buscam (ou deveriam buscar) o bem-estar coletivo.Desafios são reais:
Fake news, autoritarismo disfarçado e descrença na política são ameaças sérias. Mas também são oportunidades para repensar e fortalecer o sistema.
E o Futuro?
A tecnologia é a nova fronteira. Ela pode ser uma aliada (imagine apps que facilitam a participação política) ou uma inimiga (como algoritmos que polarizam e manipulam). O segredo está no uso consciente e na educação crítica.
Redes sociais: Podem mobilizar protestos como a Primavera Árabe, mas também espalhar mentiras que detonam eleições.
Inteligência artificial: Pode ajudar a combater a corrupção, mas também ser usada para vigiar e controlar.
O Que Podemos Fazer?
Votar com consciência:
Pesquise candidatos, acompanhe votações e cobre resultados.Combater a desinformação:
Cheque fontes, ensine seus avós a identificar fake news e denuncie discursos de ódio.Participar além das eleições:
Apoie coletivos, assine abaixo-assinados e participe de audiências públicas.Defender instituições sólidas:
Um Judiciário independente, uma imprensa livre e um Legislativo transparente são pilares essenciais.
E Agora, Eu Te Pergunto:
Qual modelo democrático você acha mais eficaz para os desafios do nosso tempo?
Como podemos usar a tecnologia para fortalecer a democracia, sem cair em armadilhas?
O que você está disposto a fazer para garantir que a democracia sobreviva — e prospere?
A democracia não é um presente, é uma construção diária. E como dizia o poeta: “Não adianta empurrar que não vai andar… Se não for o povo, não vai rolar.”
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- Andressa Carvalho
- fevereiro 4, 2025
- Pesquisa
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Graduação em licenciatura plena em Pedagogia e História, e pós graduação em Educação Especial e Inclusiva. Entre em contato comigo pelo email andressa.ac17@gmail.com ou pelo @andressacarvalh0, ou por por qualquer endereço do Ibuma.