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Quem participa da escolha do Papa?

Olha só, quem manda ver na hora de escolher o Papa são os cardeais. Mas não é qualquer cardeal, viu? Tem uma regra clara desde o Papa Paulo VI, lá nos anos 70: Só vota quem tiver menos de 80 anos no dia que a sede papal ficar vaga, ou seja, quando o Papa morre ou renuncia. São esses cardeais, chamados de cardeais eleitores, que se trancam pra decidir. E, na verdade, o número dessas pessoas varia. O Papa São João Paulo II, por exemplo, chegou a fixar um limite máximo de 120 cardeais eleitores, e a galera geralmente tenta ficar perto desse número, embora não seja uma regra pétrea totalmente rígida que nunca possa ser quebrada. O Papa Francisco, aliás, tem nomeado cardeais de lugares do mundo que antes não tinham tanta representação, o que mostra que a cara desse “colégio eleitoral” tá sempre mudando, ficando mais global. E isso, claro, pode influenciar nas futuras escolhas. Pensa que cada um desses cardeais traz consigo um pouco da realidade da Igreja no seu canto do mundo. É uma diversidade danada ali dentro, viu?

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O que significa Conclave?

Bom, a palavra “conclave” vem do latim cum clave, que significa “com chave”, “fechado a chave”. E é exatamente isso que acontece! Assim que o Papa morre ou renuncia, começa um período de luto e de preparação. Aí, os cardeais eleitores vão pra Roma e, depois de algumas reuniões prévias pra conversar sobre os desafios da Igreja e os possíveis candidatos (mas sem fazer campanha, viu? É proibido!), eles se isolam. O lugar oficial da votação é a Capela Sistina, aquela maravilha de Michelangelo, sabe? Mas eles não dormem lá. Desde o Papa João Paulo II, eles ficam hospedados numa residência ali pertinho, dentro do Vaticano, chamada Domus Sanctae Marthae. É tipo um hotelzinho, mas super seguro e isolado.

E esse isolamento é levado muito a sério. Durante o conclave, o Vaticano vira uma fortaleza. Ninguém entra, ninguém sai sem autorização muito especial. Celulares, internet, jornais, televisão… nada disso é permitido. O objetivo é que os cardeais fiquem focados só na oração, na reflexão e na conversa entre eles, sem pressão externa de governo, da mídia, ou de qualquer grupo. Imagina só, ter que tomar uma decisão tão importante assim, isolado do mundo. Deve ser uma mistura de silêncio, oração e, claro, um pouquinho de tensão. Afinal, a responsabilidade é enorme!

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O passo a passo da votação secreta

Beleza, os cardeais estão lá, isolados, prontos para votar. O processo, para ser sincero, é meio ritualístico e bem organizado. Eles se reúnem na Capela Sistina, fazem um juramento solene de manter o sigilo sobre tudo o que acontecer ali dentro e de seguir as regras. Aí, começam as votações. Geralmente, no primeiro dia só acontece  uma votação. Nos dias seguintes, são até quatro por dia: duas de manhã e duas à tarde.

O voto é em cédula, e o processo é bem detalhado pra garantir o sigilo. Cada cardeal escreve o nome de quem ele quer que seja Papa numa cédula, dobra ela de um jeito específico e deposita numa urna. Depois, uns cardeais sorteados fazem a contagem. O eleito precisa ter dois terços dos votos. Ou seja, se tem 120 cardeais eleitores, precisa de 80 votos pra ser escolhido. É uma maioria expressiva, né? E se ninguém alcança essa marca? As cédulas são queimadas de um jeito específico, e a gente vê aquela famosa fumaça preta saindo de uma chaminé na Capela Sistina. Isso significa: “Ainda não temos Papa, pessoal!”.

A famosa fumaça: preto ou branco?

Ah, a fumaça! Essa é a parte que o mundo todo fica esperando, olhando para o céu em Roma, né? É o jeito mais visual de saber o que tá rolando lá dentro do conclave. Como eu disse, se a votação não deu em nada, ou seja, ninguém atingiu os dois terços necessários, as cédulas são queimadas junto com um material que produz fumaça preta. Antigamente, usavam palha úmida ou outras coisas, o que às vezes deixava a cor meio duvidosa, um cinza estranho. Mas de uns tempos para cá, eles usam uns produtos químicos específicos que garantem que a fumaça preta seja bem preta e a branca, bem branca. É para não ter dúvida!

E quando a fumaça branca aparece? Ah, aí a praça de São Pedro (e o mundo!) vibra! Significa que, na última votação, alguém conseguiu os dois terços dos votos e aceitou ser o novo Papa. Essa fumaça branca é produzida queimando as cédulas vencedoras junto com outra substância que garante a cor clara. Pensa na emoção desse momento, depois de dias de espera e expectativa. É o sinal de que a Igreja Católica tem um novo líder.

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O que acontece depois da fumaça branca?

Assim que a fumaça branca sobe, a decisão anda rápido lá dentro. O Cardeal Decano (que é o cardeal mais antigo na ordem dos cardeais bispos) se aproxima do eleito e pergunta: “Aceitas a tua eleição canônica para Sumo Pontífice?”. Se ele disser “Sim”, ele é Papa na hora! Sem cerimônia de posse, sem nada. A eleição é instantânea.

Aí o Cardeal Decano pergunta também: “Com que nome queres ser chamado?”. O novo Papa escolhe o nome pontifical dele. Vários já escolheram nomes em homenagem a Papas anteriores que admiravam, como João Paulo, Bento, Francisco, etc. Depois disso, ele vai para uma sala ali perto, conhecida como a “Sala das Lágrimas” (porque dizem que muitos Papas choraram ali, seja de alegria ou de peso da responsabilidade), onde ele veste a batina branca papal. Tem três tamanhos prontos, para garantir que sirva de primeira. E aí, depois de um tempo de oração e preparação, ele aparece na sacada central da Basílica de São Pedro para a famosa saudação “Habemus Papam!” (“Temos Papa!”). O cardeal protodiácono anuncia o nome do cardeal eleito e o nome que ele escolheu como Papa. É o primeiro contato dele com o mundo como líder da Igreja. É um momento histórico!

Algumas curiosidades e regras recentes

Sabe de uma coisa curiosa? A ideia do conclave fechado a chave surgiu de uma situação meio extrema. Lá no século XIII, em Viterbo, na Itália, os cardeais demoraram horrores para escolher um Papa. Foram quase três anos! O povo da cidade ficou tão bravo que trancou os cardeais num palácio, diminuiu a comida e até tirou o telhado para forçar uma decisão. Funcionou! O Papa Gregório X, eleito depois disso, formalizou a regra do isolamento para evitar pressões externas e acelerar o processo. Claro que hoje não tiram o telhado, mas o isolamento rigoroso continua.

Outra regra importante que mencionei é a da idade. Foi São Paulo VI, em 1970, que decidiu que cardeais com 80 anos ou mais não votariam mais. A ideia era trazer sangue novo, garantir que os eleitores tivessem mais contato com a realidade atual do mundo. Antes disso, todos os cardeais podiam votar. E falando em regras, é proibido qualquer tipo de acordo ou “campanha” prévia entre os cardeais. O objetivo é que a escolha seja fruto da oração e da inspiração, não de manobras políticas. É o ideal, pelo menos!

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Por que tanto mistério e sigilo?

Essa coisa toda de sigilo máximo, de não poder falar nada do que rolou lá dentro, de juramento… Por que tanto mistério? Bom, a explicação oficial é que o conclave é um momento de busca pela vontade divina. Acreditam que o Espírito Santo age na escolha do novo Papa. Pra isso acontecer, os cardeais precisam estar livres de influências externas, focados na oração e na escuta uns dos outros, numa atmosfera de fé.

O sigilo serve justamente para proteger essa liberdade. Imagina a pressão se soubessem quem está votando em quem, quem está ganhando, quem está perdendo. Viraria um circo midiático e político, e a escolha, na visão da Igreja, deixaria de ser um ato essencialmente espiritual para virar só mais uma disputa de poder. Então, o sigilo é visto como uma garantia da liberdade dos cardeais e da sacralidade do momento da escolha do Papa. E quem quebra esse sigilo? A punição é bem séria, incluindo a excomunhão, que é a expulsão da comunidade da Igreja.

Coisas que você talvez não sabia sobre o conclave

Para fechar essa parte mais explicativa, tem umas coisinhas legais sobre o conclave. Por exemplo, o Cardeal Camerlengo é uma figura chave nesse período de “sede vacante” (quando não tem Papa). É ele que administra a Igreja nesse meio tempo e, simbolicamente, confirma a morte do Papa batendo levemente na testa dele com um martelinho de prata e chamando pelo nome de batismo (essa parte do martelo é mais história e simbolismo do que prática hoje em dia, mas a função de constatar a morte e administrar a Igreja no interregno é real). Ele também é responsável por destruir o Anel do Pescador do Papa falecido, para mostrar que o pontificado acabou e evitar falsificações.

Outra coisa: teoricamente, qualquer homem católico batizado poderia ser eleito Papa. Não precisa ser cardeal. Só que, na prática, a tradição de séculos é escolher um cardeal. Se por um acaso fosse eleito alguém que não é bispo, ele seria ordenado bispo na hora, antes mesmo de ser anunciado. Mas, como eu disse, isso não acontece faz tipo uns 600 anos! O normal mesmo é sair um cardeal de lá.

E no fim das contas, como tudo isso se resolve?

Então, o conclave é essa mistura de tradição antiga com regras mais modernas, tudo para garantir que a escolha do Papa aconteça num ambiente de oração, sigilo e liberdade para os cardeais. É um processo que pode durar um dia, dois, ou até mais, dependendo de quão rápido os cardeais chegam num consenso de dois terços. Cada fumaça preta é um sinal de que as conversas e as votações continuam. E a fumaça branca, bem, essa é a festa!

Momento único e cheio de significados

É isso! A escolha do Papa no conclave é um evento único no mundo, cheio de simbolismo e história. Mais que uma eleição, é visto pelos católicos como um momento crucial onde o futuro da Igreja é decidido sob a guia espiritual. É complexo, é secreto, mas tem essa beleza de um ritual que se repete há séculos. Espero que tenham entendido um pouco melhor como funciona a eleição do novo papa.

FAQ

1 Quem pode ser votado pra ser Papa?

Qualquer homem católico batizado. Mas na prática, faz muitos séculos que só elegem cardeais.

2 Por que a fumaça tem cores diferentes?

É pra avisar o mundo se a votação deu resultado ou não. Preta é “ainda não”, branca é “temos Papa!”. Usam aditivos para dar a cor certa.

3 Só cardeal vota no conclave?

 Sim, só os cardeais que têm menos de 80 anos no dia que a vaga de Papa aparece. São os cardeais eleitores.

4 Quanto tempo dura um conclave?

 Varia muito. Pode ser rápido, tipo um ou dois dias, ou demorar mais, como alguns históricos que levaram semanas. Depende de quando os cardeais chegam nos dois terços dos votos.

5 Eles ficam totalmente isolados lá dentro?

 Sim, total! Sem contato com o mundo externo: nada de celular, internet, TV, jornal… É para garantir a liberdade deles na hora de decidir.

Origem do Conclave Isolado

No século XIII, em Viterbo, a demora na escolha forçou o isolamento dos cardeais. O Papa Gregório X formalizou a regra do "cum clave" (com chave) para evitar pressões e acelerar a decisão.

Limite de Idade para Cardeais Eleitores

Desde a norma estabelecida pelo Papa Paulo VI nos anos 70, apenas cardeais com menos de 80 anos no dia em que a Sede Papal fica vaga podem participar da votação. A regra visa eleitores mais conectados com a realidade atual.

Limite de Eleitores e Representatividade

O Papa São João Paulo II fixou um limite máximo de 120 cardeais eleitores, embora o número possa variar ligeiramente. Sob o Papa Francisco, o colégio eleitoral tem se tornado mais global, refletindo a diversidade da Igreja.

Isolamento no Vaticano

O termo "Conclave" significa "fechado à chave". Os cardeais eleitores se isolam na Capela Sistina para as votações e ficam hospedados na Domus Sanctae Marthae, dentro do Vaticano, sem contato com o mundo exterior (sem celulares, internet, etc.), focados na oração e reflexão.

O Processo de Votação Secreta

Após um juramento solene de sigilo, os cardeais votam em cédulas secretas na Capela Sistina. Para ser eleito, um candidato precisa obter dois terços dos votos. O processo é repetido até que a maioria necessária seja alcançada.

Sinal: A Fumaça Preta

Se uma votação não resultar na eleição de um Papa (ninguém atingiu os dois terços necessários), as cédulas são queimadas com material que produz fumaça preta. Este é o sinal visual para o mundo de que o processo continua e "ainda não temos Papa".

Sinal: A Fumaça Branca

Quando um cardeal alcança os dois terços dos votos e aceita a eleição, as cédulas são queimadas com material que produz fumaça branca. Este é o sinal de que um novo Papa foi eleito e a multidão na Praça de São Pedro (e o mundo) celebra.

Após a Eleição: Habemus Papam!

Imediatamente após aceitar, o novo Papa escolhe seu nome pontifical e veste a batina branca. Pouco depois, ele aparece na sacada da Basílica de São Pedro para a saudação formal "Habemus Papam!" (Temos Papa!), sendo apresentado ao mundo.

Graduação em Licenciatura Plena em Pedagogia e História, e Pós Graduação em Educação Especial e Inclusiva. Especialista em Educação Básica, SEE MG. Entre em contato comigo pelo email andressa.ac17@gmail.com ou pelo @andressacarvalh0, ou por por qualquer endereço do Ibuma.

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