
A Festa Junina: história, costumes e a força de São João
Essa é uma das festas mais gostosas do Brasil, né? Cheia de cor, música e, claro, comida boa. Mas você sabe de onde ela veio ou por que a gente celebra tanto o São João? É uma história bem interessante, que mistura um monte de coisa de lá de longe com o nosso jeitinho daqui. Parece simples, mas tem camadas. Vem ver!
De onde veio essa festa toda, afinal de contas?
Então, pra entender a gente tem que dar um pulinho lá na Europa antiga, bem antes do Brasil ser Brasil. Pensa em gente celebrando a natureza, a colheita, o verão que chegava no hemisfério norte. Era uma festa pagã, sabe? Tipo agradecer a terra pelos frutos, pedir pra safra ser boa. Usavam fogueiras, dançavam… Uma coisa bem ligada à natureza, ao solstício de verão deles.
Aí a Igreja Católica, esperta que só (sempre foi, né?), viu que não dava pra acabar com a festa do povo, que era muito forte. O que eles fizeram? Deram um “banho de santo” nela! Associaram essas celebrações aos santos populares que faziam aniversário em junho. E quem são eles? Santo Antônio (dia 13), São João Batista (dia 24) e São Pedro (dia 29). Olha só que encaixe perfeito! A festa, que era da terra, virou festa religiosa. A gente ainda vê um pouco disso nas bandeirinhas com os santos e, claro, na fogueira, que dizem que São João mandou acender pra avisar do seu nascimento.

Como essa tradição chegou aqui no nosso Brasil?
Agora, como que essa festa europeia veio parar aqui, com tanto milho, mandioca e quentão? Bom, quem trouxe foram os portugueses, claro. Eles vieram pra cá na época da colonização e, junto com a fé e a língua, trouxeram suas tradições, incluindo essa festa que já era meio pagã, meio cristã lá em Portugal. E aqui, no Brasil, a coisa ganhou uma cara nova, que é a nossa cara.
Imagina a mistura: a tradição europeia chegou e encontrou as culturas indígenas e africanas que já estavam por aqui. Aí junta os ingredientes que a gente tem de sobra: milho, amendoim, mandioca, côco… E a festa, que antes era mais séria e religiosa, foi ganhando a alegria e o gingado do povo brasileiro. As danças ficaram mais soltas (alô, quadrilha!), a música ganhou a nossa cara (forró, baião), e a comida… ah, a comida virou um capítulo à parte de tão boa! Essa adaptação foi o que fez a Festa Junina virar essa coisa única e deliciosa que a gente ama.
O que não pode faltar numa Festa Junina de respeito?
Ah, essa parte é a mais divertida e visual! Pensa em bandeirinhas coloridas (as famosas “bandeirolas”) balançando no vento, cheiro de fumaça de fogueira no ar (que dá aquele quentinho e lembra a tradição), e aquela música animada, geralmente um forró arrasta-pé, que não deixa ninguém parado. A decoração, com chita, palha e balões (opa, os balões a gente só admira os de mentira agora, viu? Os de verdade são perigosos e proibidos!), deixa tudo com cara de interior, de roça.
Os jogos e brincadeiras são clássicos: pescaria, argola, cadeia (pra quem tá “pagando mico”), boca do palhaço… E a rainha da festa: A quadrilha! Aquela dança encenada, com noivos, padre, marcadores gritando os passos (“Olha a cobra!”, “É mentira!”), é o ponto alto de qualquer arraial que se preze. É gente de todas as idades entrando na brincadeira, dando risada, tropeçando (faz parte!).
E a comida, hein? Quem resiste? É um desfile de delícias feitas com milho: pamonha, curau, bolo de milho, milho cozido ou assado… Tem também pé de moleque, paçoca, cocada, bolo de fubá, arroz doce… E as bebidas pra esquentar? Quentão (com ou sem álcool) e vinho quente. É uma perdição só! As roupas típicas também fazem a festa: camisas xadrez, vestidos de chita com remendos, chapéus de palha, maquiagem de caipira… É pra se jogar no personagem!
Por que São João é o astro principal dessa época?
A gente fala Festa Junina, no plural, porque são os santos de junho. Mas no fundo, no fundo, o grande homenageado, a festa que todo mundo espera e que dá nome a muitas celebrações gigantescas é a festa de São João Batista, no dia 24 de junho. Ele é tipo o “cara” de junho.Por que ele ganhou tanto destaque? Historiadores dizem que a data do nascimento de São João (24 de junho) é bem próxima do solstício de verão lá na Europa, que era o pico da festa pagã. Então, quando a Igreja “santificou” a festa, o dia 24 virou o centro. Além disso, São João é super importante na tradição cristã, sendo o precursor de Jesus, aquele que batizou Jesus no rio Jordão. A data do nascimento dele é uma das poucas celebradas pela Igreja, o que mostra a relevância do santo.
A fogueira, que é um dos símbolos mais fortes da Festa Junina, tem uma lenda que liga direto a São João. Diz a história que Isabel, mãe de João e prima de Maria (mãe de Jesus), combinou com Maria que acenderia uma fogueira no morro pra avisar quando o bebê nascesse. Assim, Maria poderia ir visitá-las. A fogueira, que na festa pagã celebrava o sol, na festa cristã virou sinal do nascimento do “sol” que viria depois (Jesus). E aí, a fogueira virou sinônimo de festa de São João.
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Últimas observações sobre essa festa animada
FAQ
Por que a festa chama "junina"?
Quais santos são celebrados na Festa Junina?
A fogueira tem algum significado especial?
Qual a dança mais famosa da festa?
Onde ficam as maiores festas de São João no Brasil?
Graduação em Licenciatura Plena em Pedagogia e História, e Pós Graduação em Educação Especial e Inclusiva. Especialista em Educação Básica, SEE MG. Entre em contato comigo pelo email andressa.ac17@gmail.com ou pelo @andressacarvalh0, ou por por qualquer endereço do Ibuma.